A qualidade e a variedade de canetas e lápis, blocos e pincéis podem fazer toda a diferença para que o nosso desenho de campo saia bem. Por isso, o ilustrador naturalista Francisco J. Hernández conta-lhe o que costuma levar consigo para o campo.
O material que costumo utilizar nas minhas saídas primaveris depende do meu objectivo. Quando saio para desenhar aves nas zonas húmidas, além do material de desenho, levo o meu telescópio com que me aproximo das aves sem as perturbar.
Um casal de picanços-barreteiros (Lanius senator) pousa, uma e outra vez, sobre uma cerca de arame farpado e com o meu telescópio fixado na janela do meu carro desenho durante muito tempo estas belas aves. Às vezes também pousa um trigueirão (Miliaria calandra).
Os meus materiais consistem, basicamente, em lápis de grafite, tinta em diversos formatos (marcadores ou canetas, canetas de aparo e pincéis de água) e aguarelas. Uso pincéis para aguarela com e sem depósito.
Procuro levar um caderno com gramagem e conteúdo suficiente de algodão para poder trabalhar comodamente com pouca quantidade de água. Mesmo que não seja de um material específico para aguarela.
Acrescento a este material um bloco de papel de aguarela e 100% algodão para o caso de precisar de trabalhar com água em abundância e conseguir um resultado óptimo.
Um papel acetinado de certa gramagem e grafite de dureza 4B permitem-me obter uma gama de cinzentos muito ampla. A grafite assenta sobre o papel sem esforço e os traços fluem guiados subtilmente pela interacção entre os ramos dos carvalhos e o olhar.
[divider type=”thick”]Torne-se um perito a desenhar a natureza com Francisco Hernández. Saiba como aqui.
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Saiba mais sobre Francisco J. Hernández através do seu site Avestrazos.
O ilustrador espanhol falou connosco sobre o papel que tem na sua vida desenhar a natureza e sobre a importância que pode ter para qualquer pessoa. Pode ler aqui.
Sabia que Francisco J. Hernández desenhou a Costa Vicentina? A Wilder mostra-lhe aqui alguns dos seus desenhos.