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Margarita arregaçou as mangas e deixou a praia de Carcavelos mais limpa

07.12.2016

Um pouco por todo o mundo há pessoas a limpar as praias e oceanos de lixo. Nesta segunda-feira, e sem ter planeado nada, Margarita Cardoso de Meneses, não resistiu a recolher sacos de plástico, tampas de garrafas e pauzinhos de cotonetes na praia de Carcavelos.

 

Margarita, 41 anos, é jornalista e tem um café e mercearia em Londres. Quando está em Portugal e vai à praia não consegue ver lixo e deixá-lo lá. “É mais forte do que eu”, conta à Wilder.

Nesta segunda-feira foi até ao final da praia de Carcavelos, do lado da Parede. “Estava um dia tão bonito que fui a pé pelo areal. Quando cheguei àquela zona vi tudo sujo. Não foi nada planeado.” E começou a limpeza.

 

 

Em apenas uma hora recolheu tampas de garrafas, pauzinhos de cotonetes, sacos de plástico e pedacinhos de plástico “muito afiados”. “Dada a quantidade de tampas e ao que recolhi sozinha em tão pouco tempo, decidi levar para casa para mostrar aos miúdos.”

 

 

“Carcavelos é uma praia que é limpa com frequência e mesmo assim, estava naquele estado”, lamentou.

Margarita gostaria de “chamar a atenção para a importância de reduzirmos o consumo de água engarrafada, de não deitar os cotonetes par a sanita (ou de preferir os de papel) e reciclarmos os plásticos.” Uma sugestão de melhoria seria existirem mais ecopontos e uma maior aposta na recolha selectiva de resíduos.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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