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Foto: Pexels/Pixabay

Há 55 praias portuguesas que participam no Dia Internacional de Limpeza Costeira

17.09.2019

Para celebrar este dia, 29 municípios e juntas de freguesia juntaram-se para organizar acções concertadas de limpeza de lixo marinho, de 20 a 22 de Setembro. Aceitam-se voluntários.

Há mais de 30 anos, a organização norte-americana Ocean Conservancy começou a promover acções de limpeza de lixo nas praias, a 21 de Setembro.

Hoje são mais de 100 os países que se juntaram à iniciativa e também limpam as suas praias naquele dia, conhecido como o Dia Internacional de Limpeza Costeira.

Portugal é um desses países.

Entre o dia 20, sexta-feira, e o dia 22, domingo, mais de 2.300 voluntários juntam-se a 70 grupos, associações e organizações não governamentais, e mobilizam-se na limpeza de 55 praias, em parceria com 29 municípios e juntas de freguesia.

A região com mais praias a participar é Lisboa (com 26 praias), seguida do Algarve (12 praias) e do Centro (com 11 praias). As acções vão também decorrer em cinco praias do Norte e numa praia do Alentejo.

Se quiser participar e inscrever-se como voluntário, pode pesquisar os diferentes locais onde vão decorrer as acções de limpeza no site que a Fundação Oceano Azul criou para o efeito.

Além disso, esta Fundação fornece materiais e apoio à limpeza, como luvas, sacos, balanças e seguro de acidentes pessoais.

“A Fundação Oceano Azul congratula-se pelo facto de, em Portugal, a consciência coletiva e a vontade de proteger o oceano ser cada vez maior, e por assistir à mobilização dos cidadãos”, escreve a Fundação em comunicado divulgado hoje.

O lixo marinho é qualquer material sólido, persistente, manufaturado ou processado, que é eliminado, abandonado ou perdido no ambiente marinho e costeiro. Mais de 80% dos materiais identificados são plásticos e os restantes são metal, madeira, borracha, vidro e papel.

Todos os anos, entre oito a 12 milhões de toneladas de plástico chegam ao oceano, o equivalente a despejar um camião de plástico a cada minuto, segundo a Fundação Oceano Azul.

“Os efeitos são desastrosos para a biodiversidade e ecossistemas marinhos, com um milhão de aves marinhas e 100 mil mamíferos marinhos a morrer, todos os anos, devido à poluição por plástico”, acrescenta.


Agora é a sua vez.

Conheça aqui a aplicação para dispositivos móveis que poderá descarregar para começar a mapear o lixo marinho nas praias portuguesas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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