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Abelharuco. Foto: Wolfgang Vogt/Pixabay

Global Big Day: Portugal conseguiu 235 espécies de aves num só dia

10.05.2018

Mochos, águias, abutres mas também rouxinóis, cucos, pica-paus e andorinhas fazem parte da lista de 235 espécies de aves que Portugal registou no Global Big Day, a 5 de Maio. Em todo o mundo, os apaixonados por aves bateram um novo recorde, ao registar um total de 6.904 espécies.

 

O Global Big Day, que aconteceu a 5 de Maio, foi um dia dedicado à observação de aves organizado pelo portal eBird. O desafio era que os cidadãos participassem numa contagem mundial de aves, durante um só dia.

No ano passado participaram 160 países e o resultado final foi 6.635 espécies de aves. Este ano bateu-se um novo recorde, com 170 países a registarem 6.904 espécies, o que corresponde a dois terços das espécies conhecidas até ao dia de hoje.

O país que mais espécies registou foi a Colômbia, com 1.548 espécies de aves, seguido do Peru (1.491 espécies), Equador (1.155), Brasil (1.038) e Venezuela (759).

Nesta lista mundial, Espanha surge como o país europeu que conseguiu mais espécies, 302. Portugal surge em segundo lugar com 235, seguido do Reino Unido (213), Alemanha (206) e França (203).

O contributo português foi conseguido graças a 58 observadores de aves, 50 homens e oito mulheres.

Estes cidadãos ornitólogos visitaram lagoas, serras, áreas protegidas, ribeiras e riachos, praias, planícies, rios, albufeiras, salinas mas também jardins e parques urbanos.

Os distritos com mais aves registadas são Santarém e Évora (ambos com 133 espécies cada), Faro (130), Setúbal (119), Lisboa (115), Aveiro (114), Beja (103), Leiria (99), Guarda (73) e Vila Real (72).

Das 235 espécies registadas, mais 21 do que na edição de 2017, as 10 mais observadas foram a gralha-de-bico-vermelho (30, vistas em Porto de Mós, Leiria), o flamingo-comum (26, na Ria de Aveiro), a garça-vaqueira (25), a andorinha-dos-beirais (25), o borrelho-grande-de-coleira (20), a cagarra-grande (20), o estorninho-malhado (16), o abelharuco (16), o bico-de-lacre (15) e o pombo-doméstico (15).

Destaque ainda para uma cegonha-preta em São José das Matas (Mação, Santarém), seis grifos em Pego da Rainha (Mação, Santarém), três britangos, um abutre-preto e um milhafre-real em Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), um bufo-real numa antiga pedreira em Montemor-o-Novo (Évora) e uma águia-imperial-ibérica em Vale Gonçalinho (Castro Verde, Beja).

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Conheça todos os resultados para Portugal e para os 170 países.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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