Andrena orbitalis. Foto: Albano Soares

Conheça estas 10 abelhas que vivem na Mata de Alvalade. E também noutros espaços verdes

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Estas são algumas das mais de 100 espécies de abelhas até agora fotografadas e identificadas na Mata de Alvalade, em Lisboa, por Albano Soares.

O entomólogo da equipa do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal explica também algumas características destes insectos, exemplos da imensa diversidade no país, onde há hoje registo de cerca de 750 espécies de abelhas.

1. Melecta albifrons

Melecta albifrons. Foto: Albano Soares

Abelha cuco especializada nalgumas espécies de abelhas do género Anthophora. As abelhas cuco, também chamadas de abelhas cleptoparasitas, evoluíram para parasitar outras espécies de abelhas – da mesma forma que os cucos. São especializadas muitas vezes num só hospedeiro ou num género de hospedeiros.

2. Anthophora plumipes

Anthophora plumipes. Foto: Albano Soares

Uma das hospedeiras da Melecta albifrons. Esta é uma abelha poliléctica, ou seja, generalista no que diz respeito às fontes de néctar e pólen.

3. Thyreus ramosos

Thyreus ramosus. Foto: Albano Soares

Tal como a Melecta albifrons, esta é uma abelha cuco, mas neste caso especializada em parasitar abelhas da espécie Amegilla albigena.

4. Amegilla albigena

Amegilla albigena. Foto: Albano Soares

Hospedeira da Thyreus ramosus. Esta é outra abelha poliléctica, isto é, generalista no que diz respeito às fontes de néctar e pólen.

5. Tetraloniella iberica

Macho de Tetraloniella iberica. Foto: Albano Soares
Fêmea de Tetraloniella iberica. Foto: Albano Soares

Abelha oligoléctica, ou seja, só procura um grupo ou mesmo uma única espécie de plantas. A Tetraloniella iberica é especialista em plantas da família Asteraceae, especialmente na Pulicaria paludosa – conhecida pelos nomes comuns de mata-pulgas ou erva-pulgueira – planta onde está fotografada.

6. Halictus scabiosae

Halictus scabiosae. Foto: Albano Soares

Apesar do seu nome aludir às plantas do género botânico das escabiosas, a espécie Halictus scabiosae é poliléctica (generalista). Contrariamente a todas as outras nove abelhas aqui retratadas, esta espécie é social: vive em sociedades em que uma ou mais fêmeas assumem o papel de rainhas.

7. Halictus pollinosus

Halictus pollinosus. Foto: Albano Soares

Outra abelha poliléctica, pois recolhe néctar e pólen de um grande número de espécies de plantas.

8. Nomioides faciles

Nomioides faciles. Foto: Albano Soares

Uma das abelhas mais pequenas de Portugal, com cerca de três milímetros de comprimento. Tal como a maioria das abelhas presentes na Mata de Alvalade, a Nomioides faciles é poliléctica, recolhendo néctar e pólen de um grande número de espécies de plantas.

9. Andrena orbitalis

Andrena orbitalis. Foto: Albano Soares

Oligoléctica, especialista em plantas do género Plantago.

10. Megachile pilidens

Megachile pilidens. Foto: Albano Soares

Outra espécie poliléctica, que recolhe néctar e pólen de um grande número de espécies de plantas.


Saiba mais.

Aprenda mais sobre o projecto de Albano Soares para identificar e registar as espécies de abelhas da Mata de Alvalade, um parque urbano da cidade de Lisboa.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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