Abelharuco. Foto: Jorge Macedo

Conheça a fotografia de um casal de abelharucos na Mourisca

13.06.2024

Jorge Macedo, leitor da Wilder, enviou-nos esta fotografia de um casal de abelharucos que captou na Mourisca, Setúbal, e conta-nos um pouco mais sobre o que está por detrás desta imagem.

 

Os abelharucos (Merops apiaster), pequenas aves coloridas, fazem todos os anos milhares de quilómetros entre África e os territórios de nidificação na Europa, incluindo Portugal, e em sentido contrário poucos meses depois.

Aproveitando os meses em que as podemos ver em Portugal, Jorge Macedo foi à procura destas aves na Mourisca e, em Maio, conseguiu captar esta fotografia.

Abelharuco. Foto: Jorge Macedo

Aos 65 anos, Jorge Macedo dedica o seu “tempo livre à fotografia de Natureza”, explicou à Wilder.

Num dia de Maio, saiu de casa com a “intenção de fotografar exclusivamente abelharucos”, recordou. “Fotografei a partir de um abrigo móvel numa fase em que o casal estava a dar início à postura dos ovos, tendo sempre o cuidado de não o perturbar.”

Este leitor começou a fotografar aves há cerca de oito anos. “Tudo o que seja vida selvagem me fascina”, salientou.

Gosta de fotografar toda a avifauna mas entre as aves que mais gosta de fotografar estão abelharucos, rolieiros e flamingos.

O resultado deste seu gosto pela natureza pode ser apreciado na sua conta de Instagram “birdsofportugal”.

Os abelharucos podem ver-se mais facilmente no Sul e Interior Centro do país. São mais fáceis de observar enquanto constroem os ninhos e na fase em que alimentam as crias, mas é necessário ter muito cuidado para não os perturbar na época de reprodução.

É comum observá-los perto de barreiras de areia na beira de rios ou ribeiras ou até em barreiras junto a estradas. Podemos observá-los a perseguir insectos ou pousados nos fios eléctricos ou ramos de árvores.

Também pode encontrá-los através das suas vocalizações.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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