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Aqui está como pode ajudar os peixes do mar quando vai às compras

17.10.2016

A organização WWF lançou na sexta-feira passada em vários países, incluindo Portugal, o guia “Histórias por detrás do seu prato” com as informações de que precisa sobre as 15 espécies de peixe e marisco mais consumidas e assim fazer escolhas responsáveis na altura de ir às compras.

 

O guia foi lançado em Lisboa no restaurante Peixaria da Esquina, do chef Vítor Sobral.

No guia estão as 15 espécies marinhas mais consumidas em Portugal: atum-patudo, atum-bonito, pescada, bacalhau, salmão, dourada, carapau, camarão de Moçambique, sardinha, robalo, polvo, cavala, amêijoa-boa, berbigão e mexilhão. Para cada uma há um sistema de cor para o consumidor perceber em que estado se encontra a espécie: azul para produtos certificados, verde para boa opção, amarelo para pensar duas vezes e vermelho para pescado a evitar.

Ao mesmo tempo, oferece 10 receitas de 10 chefs europeus que apoiam o guia. A receita que representa Portugal é da autoria de Vítor Sobral, Bacalhau confitado com tomate seco e alperces.

Ângela Morgado, da WWF, explicou que o guia “responde ao problema da sobre-exploração dos recursos marinhos e dos impactos e consequências das opções de consumo de pescado para as pessoas e para a natureza”.

A WWF fez as contas e, em termos globais, cada pessoa consome em média 20 quilos de pescado por ano, quase o dobro de há 50 anos atrás, sendo a União Europeia o principal importador mundial de pescado. Acontece que, actualmente, 93% dos stocks de peixe no Mediterrâneo estão sobre-explorados. A nível mundial essa percentagem é de 31%.

Para ajudar os consumidores, o guia recomenda três coisas simples: ter atenção ao tamanho mínimo legal dos peixes, variar a dieta de peixe e verificar os rótulos, optando por produtos certificados como o MSC e o AS, para a pesca selvagem e aquacultura, respectivamente.

Este guia, adaptado a dispositivos móveis, faz parte de uma campanha da WWF pela pesca sustentável no Mediterrâneo e foi lançado em 11 idiomas.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Aceda ao guia online aqui ou descarregue a versão em PDF aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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