A capital norueguesa está a criar um corredor verde através da cidade cheio de flores, “telhados verdes” e abrigos para proteger estes polinizadores ameaçados.
“Estamos constantemente a mudar o nosso ambiente para satisfazermos as nossas necessidades e esquecemo-nos de que outras espécies também vivem nele”, disse Agnes Lyche Melvaer, responsável pela organização norueguesa Bybi, que está a coordenar o projecto.
“Para corrigir isso, precisamos devolver espaços aos insectos polinizadores, para que eles possam alimentar-se e viver”, explicou à agência de notícias AFP, citada pelo The Guardian.
O projecto tem como objectivo envolver as pessoas na missão de dar a estes insectos lugares seguros para se movimentarem e viverem na cidade de Oslo. Participam no projecto agências estatais, empresas, associações e indivíduos. E a ideia é que todos plantem flores e instalem pequenos abrigos ao longo de um corredor que atravessa a cidade de Norte a Sul, ligando três grandes áreas verdes que já existem.
Depois, todos são convidados a partilharem as suas contribuições no site polli.no, que faz um mapa desse corredor através da cidade.
Por exemplo, uma empresa cobriu partes do terraço do seu edifício de 12 andares com flores e duas colmeias onde vivem 45.000 abelhas. Os responsáveis pelo projecto também estão a trabalhar com escolas para as ajudar a plantar as flores para as abelhas.
Estima-se que entre 30 a 40% da produção de alimentos dependa da polinização. Mas os insectos polinizadores estão cada vez mais ameaçados no mundo, nomeadamente pelos químicos utilizados na agricultura.
Agnes Lyche Melvaer acredita no “efeito borboleta”. “Se conseguirmos resolver um problema global localmente, é muito provável que esta solução local também funcione em outros lugares”, acrescentou.