A população de abetardas, uma das maiores aves da Europa, mantém-se estável naquela província espanhola, com um ligeiro aumento do número de aves no último ano, revela agora um novo censo à espécie.
Este é o resultado do censo de Primavera à abetarda (Otis tarda) na Andaluzia, conduzido todos os anos pela Junta andaluza.
Os dados, coordenados com o censo que se realiza na província vizinha da Extremadura, dão uma estimativa populacional de 413 abetardas, revelou a Junta, em comunicado, a 27 de Abril.
Durante o período de 2003 a 2019, a população manteve uma tendência de crescimento moderado na ordem dos 1,7% ao ano, apesar de, nos últimos quatro anos, a taxa de crescimento ter vindo a cair desde os 3,4%. No último ano passou-se de 403 aves para 413, com 10 exemplares a mais.
As regiões com mais abetardas são Sevilha, Córdova, Jaén e Huelva. Mais concretamente, as abetardas concentram-se nas zonas do Vale do Guadalquivir e a Norte da Serra Morena, com 62% e 38% do total de exemplares, respectivamente.
“Em ambos os casos, as áreas definidas como Zonas de Âmbito de Aplicação do Plano de Recuperação de Aves Estepárias acolhem mais de 90% das abetardas andaluzas”, salienta a Junta.
A abetarda é uma espécie classificada como Em Perigo de extinção na Andaluzia. Mas, apesar da sua “delicada situação”, a população mantém-se estável especialmente nos principais núcleos, onde estão menos vulneráveis.
Na Andaluzia estão a decorrer projectos para conservar esta espécie, como o projecto LIFE Estepárias e o Programa de Actuações para a Conservação das Aves Estepárias da Andaluzia.
Em Portugal, a abetarda está classificada como Em Perigo de extinção.