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Pátios das escolas são o habitat preferido de abelhas e abelhões no Reino Unido

06.08.2015

O Grande Censo anual britânico das Abelhas, que envolveu 6.000 pessoas durante o mês de Maio que e contou mais de 100.000 insectos, concluiu que os pátios das escolas e os jardins são os lugares preferidos destes polinizadores.

 

Neste evento, organizado pela associação Amigos da Terra, foram contadas 104.280 abelhas. Os cidadãos que participaram submeteram um total de 4.800 fotografias dos insectos que viram perto de casa. Segundo a associação, estas imagens vão dar informações úteis aos cientistas que estudam estes animais.

Os pátios das escolas foram os locais com maior abundância de insectos polinizadores, com uma média de onze animais por observação. Os bosques vieram em segundo lugar, com uma média de oito animais observados.

Já a maior diversidade de espécies de abelhas acontece nos jardins, com 22,43% dos participantes a registarem quatro ou mais tipos diferentes de insectos por observação, em relação aos 10,24% nos campos agrícolas e 9,74% nas zonas rurais.

O abelhão-de-cauda-branca (Bombus lucorum) e a abelha-de-mel (Apis mellifera) foram os insectos mais observados.

“Há vários estudos que indicam que a abundância e diversidade de espécies de abelhas nas nossas zonas rurais não são tão ricas como eram há cem anos”, disse Paul de Zylva, da organização Amigos da Terra, ao jornal The Guardian. Ainda assim, há boas notícias. “Estes resultados salientam a importância dos pátios das escolas e dos jardins para as abelhas inglesas. Todos podemos fazer a nossa parte transformando espaços locais em santuários amigos das abelhas.”

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Veja aqui os resultados do censo e aqui quais as espécies que estão na Lista Vermelha europeia das Abelhas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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