A declaração acordada pelos ministros do Ambiente dos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), reunidos no Quénia, afirma que se deve pôr um ponto final à ‘corrente’ de plásticos que se encaminham para os oceanos.
Segundo a BBC, a declaração que foi assinada esta quarta-feira foi bem recebida pelos cientistas, que criticam todavia o facto de ser apenas uma declaração de princípios, sem metas concretas ou calendários à vista.
Em contrapartida, os ministros presentes no encontro consideraram que se trata de uma peça-chave, uma vez que demonstra a necessidade de uma grande mudança, tanto a governos como à indústria e aos cidadãos em geral.
A chegada a acordo foi dificultada pelos Estados Unidos, que se opuseram aos objectivos internacionais que estavam inicialmente em cima da mesa.
O debate entre os Estados-membros da ONU foi conduzido pelo ministro do Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen, para quem o novo documento é “uma peça-chave na ‘emissão zero’ de plásticos para o oceano”, disse à BBC.
Já uma representante da WWF International, Li Lin, afirmou que a oganização gostaria de “ver este acordo aplicado pelos governos, negócios, ONGs (organizações não governamentais) e consumidores e mais rapidamente possível”. “Porque este assunto é urgente”, sublinhou.
Os problemas provocados pelos sacos de plástico fininhos e descartáveis, que se usam apenas uma vez e depois se espalham pelos campos e nas cidades, já levaram à proibição destes produtos em vários países – em especial em África e na Ásia.
Exemplos de países onde os sacos de plástico descartáveis estão hoje quase totalmente proibidos? Mauritânia, Senegal, Costa do Marfim, Mali, Gana, Quénia, Etiópia, Malawi, Ilhas Maurícias, Zanzibar e Uganda, indica a televisão britânica.
A proibição estende-se a países como o Bangladesh e o Sri Lanka, onde o lixo provocado pelos plásticos deixados ao abandono contribuiu para a ocorrência de cheias graves, devido ao entupimento dos tubos de drenagem.
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