A cria desta espécie “Quase Ameaçada” nasceu a 18 de Maio e os seus progenitores, com cerca de 30 anos de idade, vivem no Oceanário de Lisboa desde 1998.
O novo pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), um macho, é filho do Buzzard e da Joy, um casal de pinguins que, desde 1998, todos os anos faz ninho no habitat do Antártico.
A cria chama-se Zazu, nome escolhido pelos seguidores do Oceanário de Lisboa, através de votação nas redes sociais. A sua penugem juvenil é ainda acinzentada e beje, que contrasta com o resto da colónia, toda a preto e branco.
Zazu nasceu com apenas 90 gramas, mas ao fim de duas semanas já pesava mais de 1 quilograma, segundo um comunicado do Oceanário de Lisboa divulgado esta semana.
Permaneceu oito semanas sob cuidados parentais e abandonou o ninho com 3,5 quilogramas. Regressou, em Setembro, ao habitat do Antártico, após três semanas de habituação à presença humana e preparação para integrar a colónia com cerca de 30 indivíduos.
Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o pinguim-de-Magalhães tem o estatuto de conservação Quase ameaçado.
O pinguim-de-Magalhães vive no mar, nos oceanos Pacífico e Atlântico, na zona costeira, onde acompanha a migração do seu alimento de eleição: a anchova.
“Na época de reprodução, de Setembro a Abril, dirige-se a terra para nidificar. Quando forma um casal, que é mantido para a vida, põe dois ovos que, ao contrário de outros pinguins, são ambos incubados pelos progenitores. Faz ninhos em buracos forrados com penas e paus, que protegem os pintos do vento e chuva fria”, segundo o Oceanário.
Núria Baylina, curadora e directora de Conservação do Oceanário de Lisboa, explica que “os pais deste pinguim são um dos casais mais antigos da colónia”.
“Alguns dos animais nascidos no Oceanário mantêm-se na colónia mas outros fazem parte de colónias noutros aquários e zoos europeus. Estas movimentações de animais são importantes para a manutenção da variabilidade genética dentro das colónias e no conjunto da população presente nas instituições europeias.”
O Buzzard e a Joy já tiveram nestes 30 anos vários pintos. Alguns fazem parte da colónia do Oceanário de Lisboa e outros foram cedidos a outras instituições parceiras, num trabalho coordenado de gestão de populações.