Fevereiro é mês de reintroduções de linces na natureza, no Alentejo, no âmbito do esforço ibérico para trazer de volta esta espécie ameaçada. A 18 de Fevereiro foi a vez das fêmeas Ravina, Romeira e Roselha.
As três fêmeas nasceram no ano passado no Centro de Reprodução de Lince-ibérico de La Olivilla, na Andaluzia.
Foram libertadas a 18 de Fevereiro no Vale do Guadiana, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Ravina, Romeira e Roselha foram as primeiras escolhas da votação que recebeu a atenção de 1.041 votantes, na escolha dos seus nomes, de um conjunto que incluía Rocha, Ribeira, Rasteira, Rutabaga, Rola, Russiana e Raponcio.
Este ano, as libertações de linces em Portugal começaram a 9 de Fevereiro, com a reintrodução de Rosmaninho e Rouxinol, dois machos, na zona de reintrodução de Mértola, em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana.
A 10 de Fevereiro foi libertado o lince Riachuelo, proveniente do Centro de Cria de El Acebuche, em Doñana (Andaluzia).
No nosso país estima-se que existam hoje mais de 150 felinos desta espécie, num território com quase 500 quilómetros quadrados.
“A reintrodução é um processo a médio, longo prazo que tem como objectivo estabelecer uma população viável e que mantenha um fluxo genético regular com outras populações de lince, restabelecendo a situação favorável à espécie”, salienta o ICNF, instituto que, em Portugal, gere as medidas de conservação da natureza.
O lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie classificada desde 22 de Junho de 2015 como Em Perigo de extinção, depois de anos na categoria mais elevada atribuída pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), Criticamente em Perigo.
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Série “Como nasce um lince-ibérico”
Uma equipa da Wilder esteve dois dias no CNRLI em Março de 2015 e assistiu ao último parto da temporada, ao lado de veterinários, tratadores, video-vigilantes e voluntários. Saiba como é o trabalho naquele centro e quem são as pessoas por detrás da reprodução em cativeiro desta espécie.
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