Nebraska, fêmea que nasceu no Centro Nacional de Reprodução de Lince-ibérico (CNRLI) em Silves, foi libertada hoje com Nieve na Andaluzia, inaugurando as 40 reintroduções previstas para este ano na Península Ibérica.
As duas fêmeas de lince-ibérico foram libertadas esta manhã na propriedade Hueco Bajo, em La Carolina (Jaén, Andaluzia), dentro da área de reintrodução de Guarrizas, revelou o projecto Iberlince. “Nebraska e Nieve foram selecionadas geneticamente de entre os linces nascidos em cativeiro para poderem enriquecer a variabilidade genética desta zona”, explica, em comunicado.
A reintrodução foi acompanhada de perto pelos alunos da escola primária Palacios Rubio, em La Carolina, os mesmos que escolheram o nome Nieve para uma das linces que foi libertada. O nome de Nebraska – filha de Fruta, uma das fêmeas que vive no CNRLI – foi escolhido pelos seguidores do Iberlince nas redes sociais, através da iniciativa #BautizaUnLince.
Estes dois linces inauguraram as reintroduções de 2017, previstas pelo Iberlince. O plano é soltar oito linces em cada uma das áreas de reintrodução em Portugal (no Vale do Guadiana, concelho de Mértola) e em Espanha (Vale de Matachel, Badajoz; Montes de Toledo, Toledo; Sierra Morena Oriental, Ciudad Real e Guadalmellato, e Guarrizas, Jaén). O grande objectivo é reforçar a população desta espécie nas zonas de reintrodução da Península Ibérica.
“Estas zonas foram escolhidas para as reintroduções por causa da sua qualidade de habitat, elevadas densidades de coelho e pelo forte apoio social à reintrodução”, explica o Iberlince.
Neste momento, o censo de linces-ibéricos de 2016 ainda não está concluído. Ainda assim, os dados provisórios dão conta de 389 animais a viver na Andaluzia. Segundo os técnicos conservacionistas, durante 2016 foram contabilizados fora da Andaluzia 86 linces em Portugal, Estremadura espanhola e Castela-La Mancha.
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