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parte da ria formosa
Ria Formosa, na zona de Tavira. Foto: Carlos Pinto/Wiki Commons

ICNF apreendeu 22 covos para apanha ilegal de caranguejo na Ria Formosa

17.04.2019

Vigilantes da natureza do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) retiraram do interior da Ria Formosa, no Algarve, um total de 22 armadilhas de gaiola, também conhecidas por covos.

 

A acção realizou-se na última semana, dia 8 de Abril, e teve como objectivo “reprimir práticas de pesca ilegal lesivas para a preservação das espécies marinhas” que ocorrem no Parque Natural da Ria Formosa, como é o caso dos cavalos-marinhos, indicou o ICNF.

Os covos que foram apreendidos por vigilantes da natureza do departamento do Algarve não estavam licenciados, pois estavam a ser ilegalmente usados na captura de caranguejos, que mais tarde iriam servir como isco na apanha de polvo.

 

covo com caranguejos dentro
Foto: ICNF

 

Esta é uma prática proibida pelo regulamento de pesca da Ria Formosa, uma vez que a utilização de covos é permitida apenas para capturar enguias, adiantou a entidade fiscalizadora. A utilização de artes de pesca proibidas “constitui uma ameaça grave às espécies marinhas” daquela área protegida.

 

indivíduo com galochas segurando num covo
Foto: ICNF

 

Já a 22 de Fevereiro, tinham sido apreendidos outros 31 covos também no parque natural algarvio, no âmbito de uma acção de vigilância e fiscalização realizada por vigilantes da natureza. “Estes covos continham alguns exemplares de caranguejos no seu interior que por se encontrarem vivos foram devolvidos ao seu habitat.”

Durante essa acção, os vigilantes encontraram ainda duas pessoas a usarem artes de arrasto – neste caso duas ganchorras de mão, arrastadas pela cintura, que estavam a ser ilegalmente utilizadas na pesca de berbigões e de amêijoas.

A utilização de aparelhos de arrasto como estes é também proibida pelo regulamento de pesca da ria algarvia, “tendo sido identificados os dois infractores e levantados os autos de notícia, seguindo-se o respectivo processo de contra-ordenação”, anunciou o instituto.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Leia aqui o regulamento de pesca da Ria Formosa.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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