Banner

Glaciar do Monte Branco em risco de colapso

26.09.2019

Parte do glaciar do Monte Branco, a montanha mais alta da Europa, está em risco de colapso. O primeiro-ministro italiano apelou à acção para travar as alterações climáticas.

Uma secção que se estima conter até 250.000 metros cúbicos de gelo, no pico Jorasses, poderá resvalar montanha abaixo, informou nesta terça-feira o presidente da câmara de Courmayeur, Stefano Miserocchi, noticiou a agência Reuters. Este número, relativo ao glaciar Planpincieux, foi dado pelos especialistas da Fondazione Montagna Sicura.

Miserocchi ordenou o encerramento de duas estradas e a evacuação de vários chalés de montanha, tendo em conta os riscos para o Vale Ferret.

Desde 2013 que os especialistas estão a monitorizar o glaciar desde 2013 para detectar a velocidade a que o gelo está a derreter. Sabem, por isso, que entre o fim de Agosto e o início de Setembro, a parte mais baixa do glaciar estava a deslizar a uma velocidade de 50 a 60 centímetros por dia.

“Este fenómeno mostra, mais uma vez, como a montanha está a passar por um período de grandes mudanças, por causa de factores climáticos, e como é especialmente vulnerável”, disse Miserocchi, citado pela Reuters.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse nesta quarta-feira na Assembleia-Geral das Nações Unidas que “notícias de que um glaciar no Monte Branco está em risco de colapso são um alerta que não nos pode deixar indiferentes, deve acordar-nos e temos de nos mobilizar”.

O Monte Branco, a mais alta montanha da Europa, tem mais de 4.800 metros de altitude.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss