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Fêmea de lince libertada em Mértola encontrada morta

04.06.2019

Piperita, uma fêmea de lince-ibérico com um ano de idade, foi encontrada morta junto a uma estrada municipal.

De acordo com uma nota do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o corpo de Piperita foi encontrado a 27 de Maio, junto à estrada municipal que liga as localidades de Moinhos de Vento e de São Bartolomeu de Via Glória, no Parque Natural do Vale do Guadiana.

Este lince-ibérico era proveniente do Centro de Reprodução em cativeiro El Acebuche, em Doñana, na região espanhola da Andaluzia.

Piperita tinha sido libertada na zona de Mértola, em Fevereiro passado juntamente com Pirata, um macho nascido na mesma ninhada.

Passados pouco mais de quatro meses, “uma equipa de vigilantes da natureza do ICNF, sediada no Parque Natural do Vale do Guadiana, encontrou o animal, que foi recolhido pelo SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, ligado à GNR)”, descreve agora o instituto. O corpo foi encaminhado para a Faculdade de Medicina Veterinária, para as causas da morte serem investigadas.

A libertação de Piperita e do irmão Pirata tinha acontecido no âmbito do projecto luso-espanhol Life Iberlince (2011-2018), que terminou em Dezembro passado, com o objectivo de recuperar a distribuição história desta espécie Em Perigo de extinção. Portugal e Espanha apresentaram entretanto uma candidatura para um novo programa Life.

De acordo com estimativas avançadas em Fevereiro passado pelo Ministério espanhol para a Transição Ecológica, terão nascido em 2018 um total de 125 linces na Península Ibérica. Calcula-se que há neste momento cerca de 650 indivíduos desta espécie.

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Leia aqui todas as notícias já publicadas na Wilder sobre o lince-ibérico.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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