Um total de 72 crias de lince-ibérico nasceram este ano em estado selvagem na Andaluzia, de acordo com os primeiros resultados provisórios do censo que está a ser feito pelas equipas do projecto de conservação Iberlince.
Nesta altura, o censo de 2018 está executado a 40%. Segundo estes dados, conhecidos a 4 de Setembro passado, foram identificadas oito ninhadas com, pelo menos, 18 crias na zona de Doñana-Aljarafe; seis ninhadas com, pelo menos, 19 crias na zona de Guarrizas; oito ninhadas com 14 crias em Andújar e Marmolejo; cinco ninhadas com 10 crias em Cardeña e Montoro; sete ninhadas com, pelo menos, 11 crias, em Guadalmellato.
As primeiras ninhadas de lince foram descobertas em Março pelos técnicos do projecto de conservação que junta Portugal e Espanha. “Mais especificamente foram localizadas na área do Vale de Guarrizas (Jaén), onde se detectou uma ninhada de três crias da fêmea Granadilla e outra ninhada na zona de Doñana, da fêmea Lupa.”
Este resultado nas várias áreas de presença de lince na Andaluzia “mostra um balanço muito positivo, que mantém a tendência registada nos últimos anos”, segundo um comunicado do projecto Iberlince.
Por outro lado, os responsáveis por este projecto destacam que “o número de fêmeas territoriais na região andaluza aumentou em 2017 para 109 exemplares, um número espectacular quando comparado com os dados de há 15 anos – relativos ao censo populacional de 2002 – onde se contaram um total de 27 fêmeas territoriais”.
O Iberlince “Recuperação da distribuição história do lince-ibérico em Espanha e em Portugal” (2011-2018) é o terceiro projecto LIFE aprovado pela Comissão Europeia para a conservação e recuperação do lince-ibérico (Lynx pardinus). No projecto participam Portugal e quatro comunidades autónomas espanholas: Andaluzia, Extremadura, Castela-La Mancha e Múrcia.