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Foto: Sarah Skinner/Comedy Wildlife Photography Awards

Estas são as fotos mais hilariantes de vida selvagem de 2019

13.11.2019

Sarah Skinner e a sua fotografia “Grab life by the …!” é a grande vencedora da 5ª edição dos Comedy Wildlife Photography Awards, foi hoje anunciado.  

Este ano, a organização dos prémios recebeu 4.000 imagens de 68 países. Destas, foram escolhidas as 40 finalistas, conhecidas em Setembro.

A grande vencedora é a fotografia captada pela fotógrafa de vida selvagem Sarah Skinner no Botswana, que mostra as brincadeiras de uma cria de leão.

Foto: Sarah Skinner/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019

A fotografia foi tirada em Novembro de 2017 no Parque Nacional de Chobe, no Botswana.

Segundo a fotógrafa, a cria acabou por errar o alvo e o leão adulto continuou a afastar-se calmamente, a são e salvo.

“Estou absolutamente encantada por receber o título de Grande Vencedor dos Comedy Wildlife Awards 2019”, comentou Sarah Skinner, em comunicado. “Aquece-me o coração saber que esta imagem vai espalhar alguns risos e alegria no mundo (…). Gostava de encorajar as pessoas a fazer a sua parte na conservação de todas as espécies selvagens, para que as gerações futuras as possam apreciar.”

A fotografia de Sarah Skinner também ganhou a categoria Creatures of the Land.

O vencedor na categoria Creatures in the Air foi Vlado Pirsa, com a sua fotografia “Family Disagreement”, de dois abelharucos na Croácia.

Foto: Vlado Pirsa/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019

Harry Walker venceu nas categorias Creatures Under the Water e People’s Choice com a fotografia “Oh My”, de uma lontra-marinha no Alasca.

Foto: Harry Walker/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019

O vencedor na categoria Amazing Internet Portafolio foi Elaine Kruer com a fotografia “First Comes Love… then comes marriage”, uma série de quatro imagens de esquilos-terrestres-africanos na África do Sul.

Foto: Elaine Kruer/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019
Foto: Elaine Kruer/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019
Foto: Elaine Kruer/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019
Foto: Elaine Kruer/The Comedy Wildlife Photography Awards 2019

Os Comedy Wildlife Photography Awards foram criados por Paul Joynson-Hicks MBE e Tom Sullam, dois fotógrafos profissionais que quiseram criar uma competição fotográfica focada no lado mais simples da vida selvagem. A missão destes prémios é “promover a conservação da vida selvagem e dos seus habitats com a ajuda de imagens bem dispostas e de uma mensagem positiva”, explicam, em comunicado.

“Queremos alertar consciências para os esforços conservacionistas necessários para manter estes animais livres e selvagens”, disse à Wilder Tom Sullam, em Setembro de 2018. “As imagens têm de arrancar uma gargalhada de quem as vê e através dessa ligação emocional esperamos aumentar a sensibilização.”

“Todos os anos, torna-se mais entusiasmante ver a forma como as pessoas visualizam o lado mais engraçado da vida selvagem em plena natureza”, comentou Paul Joynson-Hicks.

De ano para ano “vemos uma maior variedade de espécies a fazer coisas cómicas, quer seja um chimpanzé a gozar a vida ou dois abelharucos numa discussão familiar”, acrescentou.

“Claro que outro aspecto da nossa competição é ajudar as pessoas a saber o que podem fazer nas suas casas para serem conservacionistas. O nosso planeta está em apuros, todos sabemos isso, agora só precisamos saber o que fazer. Esperamos dar pequenas dicas sobre como começar.”

Uma das coisas a fazer é consumir de forma responsável. “É super fácil para todas as pessoas fazerem isto. Por exemplo, não comprem produtos que tenham óleo de palma porque as plantações de óleo de palma estão a destruir as florestas tropicais e, assim, a afectar o clima global”, explicam os organizadores.

Outra forma de ajudar é tentar evitar produtos que não sejam reciclados.

Poupar água em casa é outra sugestão. Os responsáveis pelo concurso aconselham duches mais curtos e gastar menos água a regar o jardim. A ideia é ajudar a poupar água “para que esta possa chegar aos rios e aos lagos e permitir às florestas, árvores e plantas florescer e crescer”.

Torne-se um influenciador para a vida selvagem. “Esta é uma pessoa especial que pode, ou não, ser um super activista mas que se preocupa mesmo com o Ambiente e com o que está a acontecer”.

“Por exemplo, encoraje os seus amigos e família a fazerem coisas simples, fale sobre isso nas redes sociais, no café, no local de trabalho. Ou contacte organizações conservacionistas, escreva aos representantes políticos locais e pergunte o que estão a fazer para ajudar a vida selvagem. Você tem uma voz, todos temos, não tenha medo de a usar.”

O grande vencedor deste ano dos prémios – realizados em parceria com a The Born Free Foundation – tem como prémio um safari no Quénia e uma câmara fotográfica Olympus.

As fotografias foram escolhidas por um júri composto por Kate Humble (apresentadora de televisão), Hugh Dennis (actor e comediante), Will Burrard-Lucas (fotógrafo de vida selvagem), Will Travers (co-fundador da The Born Free Foundation), Oliver Smith (jornalista de viagens), Ashley Hewson (director da Affinity Photo), Celina Dunlop (editora de fotografia da revista Economist) e Bella Lack (activista de 16 anos para a conservação da natureza).

Os Comedy Wildlife Photography Awards vão lançar um livro com uma selecção das melhores fotografias, para ajudar a Born Free Foundation, que trabalha para proteger a vida selvagem.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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