A Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO/Birdlife) apresentou os resultados do concurso FotoAves 2024, através do qual premeia, desde 2008, a dedicação e o talento de quem fotografa aves. Conheça as escolhidas de entre mais de mil imagens de 14 países.
Para o júri, escolher as obras premiadas entre mais de mil imagens foi muito difícil, tendo em conta “o nível artístico e técnico presentes num grande número de fotografias”, segundo um comunicado da SEO/Birdlife.
Nesta XVII edição, o concurso FotoAves continua a querer homenagear a natureza e as pessoas que elevam à categoria de arte a beleza do nosso planeta, reflectido nas aves.
Primeiro prémio:
De entre as mais de mil fotografias apresentadas por fotógrafos de 14 países diferentes, o júri entregou o prémio da melhor fotografia do ano à imagem “Um dormitório histórico”, captada pelo fotógrafo Carlos Pérez Naval.
A fotografia mostra um dormitório de andorinhas num bonito edifício histórico, conseguindo um grande equilíbrio visual entre as diferentes partes da imagem e a transição entre iluminação artificial e natural.
O próprio autor destaca o fascinante comportamento migratório destas (e de outras) aves, assim como o inesquecível cenário deste palacete usado por andorinhas ao entardecer.
Os outros premiados:
Héctor Cordero é o autor da fotografía “Imersa no Outono”, uma paisagem outonal onde a textura da vegetação que domina a imagem é apenas interrompida por uma garça americana, muito parecida à nossa garça-real. Podemos imaginar a ave à espera, com a sua proverbial paciência e tranquilidade, que um peixe ou caranguejo cometa o erro de se tornar visível e ao alcance do seu bico.
Alfredo López Hernangómez captou uma cena invernal, “Cometas na névoa”, na qual o véu branco da névoa rouba à paisagem qualquer elemento de distracção, convertendo os ramos despidos de uma árvore e os três milhafres-reais que voam junto a ele nos protagonistas absolutos de uma imagem que transmite a serenidade dos dias curtos invernais.
Ainda que a pega apareça na fotografia “Despliegue alar” de José-Elías Rodriguez, a protagonista absoluta da imagem é a luz e a sua ausência. É essa luz que atravessa as penas da pega em voo.
Na fotografia “Crossroads”, captada por Mario Suárez Porras, a textura converte-se no principal elemento compositivo. O autor da imagem conta que estamos a ver restos de combustível de um antigo naufrágio e que, ainda que tenham passado muitos anos, ainda aflora na praia misturado com a areia. Sobre este terreno descansa uma pequena e delicada alvéola.