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Dinossauro ícone de Londres vai em digressão

21.07.2015

O Museu de História Natural de Londres anunciou hoje que “Dippy” – a famosa réplica de dinossauro Diplodoco que, durante 35 anos recebeu os visitantes, no hall Hintze – vai estar em digressão pelo país, a partir de 2018.

 

“A digressão significará que mais pessoas do que nunca poderão ver o icónico dinossauro, que já saudou milhões de pessoas ao entrarem no museu de Londres”, escreve a instituição em comunicado.

Foi em Janeiro passado que o museu anunciou que vai mudar a entrada do edifício, substituindo Dippy por um esqueleto de baleia-azul (Balaenoptero musculus) que tem estado na galeria dos mamíferos. A mudança vai acontecer no Verão de 2017.

“Para muitos de nós, a primeira vez que vimos Dippy foi um momento marcante na nossa infância, causando uma admiração genuína pelo mundo natural”, disse Sir Michael Dixon, director do museu. “Uma digressão pelo Reino Unido deste dinossauro icónico vai causar curiosidade e semear o desejo de exploração, ajudando a inspirar os cientistas de amanhã”, acrescentou.

Ainda assim, o futuro de Dippy ainda fará correr muita tinta. Por um lado, não será qualquer instituição que poderá acolher esta réplica de dinossauro, em parte por causa da sua dimensão. Por outro, antes de começar a digressão, é preciso garantir que a réplica está em condições, através de um minucioso trabalho de restauro. Durante a sua viagem pelo país, Dippy terá de ser desmontado e montado várias vezes. O esqueleto completo tem 21 metros de comprimento, 4,3 metros de largura e 4,25 metros de altura.

“Nunca enviámos nada tão grande como o Dippy para fora das portas deste museu”, notou Dixon.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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