O ilustrador naturalista Marco Nunes Correia abre os seus cadernos de campo e mostra-nos o que o fascina na natureza portuguesa. São desenhos, esboços ou aguarelas onde regista as estações do ano. Uma por semana.
Desta vez, Marco Nunes Correia mostra como desenhou a fruta-pão, em São Tomé, no âmbito de uma expedição do Grupo do Risco, em Junho de 2016. A fruta-pão é muito importante na dieta local.
“Foi um desenho relativamente rápido, demorou cerca de 01h30”, feito no hotel, na véspera de seguir para a ilha do Príncipe.
O desenho foi feito “com um lápis negro de base oleosa (Pitt Oil Base, da Faber-Castell), que permite trabalhar com aguarela por cima, sem borrar o desenho; já a grafite dilui sempre um pouco”, explicou o ilustrador.
“Além disso o desenho fica sempre bastante destacado a negro. Dá para perceber a diferença entre o lápis de grafite e o outro nos textos, em que as descrições estão escritas a grafite e o título, à direita do desenho, foi escrito com o outro lápis.”
O desenho foi feito num caderno mais pequeno, um A5, que utilizou como diário da expedição. “Foi onde registei os episódios mais interessantes de cada dia, alguns desenhos mais soltos e sem qualquer pretensão, apenas registos mais pessoais e, claro, a lista das espécies de aves observadas em cada jornada.”
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Marco Nunes Correia, de Alcobaça, é professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É membro do Grupo do Risco e especializou-se em desenho de natureza.