Os fósseis, as plantas nos herbários e todos os espécimes guardados nas colecções de História Natural permitem “uma Ciência melhor”, disse hoje Carmen Vela, secretária de Estado espanhola da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, na celebração do 20º aniversário do Consórcio de Instituições Europeias de Taxonomia (CETAF), em Madrid.
A responsável pela política científica do Governo de Madrid falava no Real Jardim Botânico-CSIC de Madrid, perante investigadores, comunicadores, responsáveis por política científica e peritos em várias áreas, desde a biotecnologia à economia.
“A história da humanidade é longa e com estas colecções aprendemos muito acerca do que lhe aconteceu: estudando os fósseis, os anéis das árvores ou as escamas dos animais”, acrescentou, citada pela agência espanhola EFE. Este é um conhecimento que permite “tomar medidas preventivas para o futuro e melhorar o que está para vir”.
A CETAF reúne 59 instituições de História Natural em 20 países europeus, como o Reino Unido, Espanha, Alemanha, Grécia, França e Itália. As colecções guardadas por estas entidades representam 80% da biodiversidade conhecida do planeta. Com elas, o consórcio quer preservar, explorar e documentar o mundo natural.
Durante a cerimónia, Jesús Muñoz, director do Real Jardim Botânico, disse que actualmente os peritos estão a digitalizar as colecções de História Natural, na íntegra, para que essa informação esteja mais acessível ao público. “Até há poucos anos, essas informações só estavam disponíveis para os investigadores que se deslocassem fisicamente aos museus”, lembrou à EFE.
Os participantes no evento salientaram ainda os benefícios das colecções de História Natural para a saúde, segurança alimentar, bioinformática e bioeconomia. Carmen Vela falou das mais-valias para os cidadãos, “na medicina, alimentação e alterações climáticas”.