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Cinco aves selvagens recuperadas serão devolvidas à natureza em Grândola

24.04.2017

Um bufo-real, a maior rapina nocturna portuguesa, é uma das cinco aves que vão ser libertadas na natureza a 25 de Abril e 1 de Maio em Grândola, depois de terem sido recuperadas no Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André.

 

No dia 25 de Abril, às 09h30, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Câmara Municipal de Grândola vão devolver à natureza uma garça-real, uma cegonha-branca e uma gaivota-argêntea. As libertações vão acontecer na aldeia do Carvalhal, segundo um comunicado da Quercus divulgado na semana passada.

A 1 de Maio, às 11h00, será a vez de um bufo-real, a maior rapina nocturna portuguesa, e de um bútio-vespeiro, uma ave de rapina pouco comum.

“Todas as aves foram recolhidas pelo SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana) de Grândola e posteriormente recuperadas no CRASSA – Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André”, acrescenta a Quercus. Este centro localiza-se no Moinho Novo, Galiza, em Vila Nova de Santo André (concelho de Santiago do Cacém).

O centro é hoje gerido pela Quercus e tem tutela do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Foi criado em 1990 pelo Grupo Lontra e de 1996 a 2008 foi gerido pelo Núcleo Regional do Litoral Alentejano da Quercus. Desde 2009 é um projecto autónomo da Quercus.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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