De acordo com as autoridades de Beijing, os cerca de 1.800 pandas gigantes que vivem na natureza desceram um degrau na ameaça de extinção, sendo agora considerados vulneráveis.
Esta decisão surge devido à “melhoria das condições de vida e aos esforços da China para manter os habitat [da espécie] integrados”, justificou o chefe do Departamento de Conservação da Natureza e Ecologia, sob a tutela do Ministério do Ambiente, Cui Shuhong, citado pelo jornal The Guardian.
Entre as iniciativas tomadas a nível nacional, conta-se por exemplo a expansão dos habitats dos pandas-gigantes e a replantação de florestas de bambu, da qual se alimentam estes mamíferos.
Este anúncio surge cinco anos depois de a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) ter decidido baixar o risco de ameaça da espécie, que em 2016 deixou de ser classificada como Em Perigo de extinção para passar a Vulnerável. Na altura, os especialistas da UICN nesta e noutras espécies de ursos consideraram que a população de pandas está está ver ou a crescer e que o habitat disponível está também a aumentar.
Ainda assim, quando essa decisão da UICN foi tomada, especialistas chineses criticaram-na por seu muito apressada e dar espaço ao relaxamento de medidas para a conservação destes mamíferos.
Mas apesar das boas notícias, a espécie continua ainda ameaçada. De acordo com a UICN, prevê-se que mais de 35% das florestas de bambu, nas quais habitam os pandas-gigantes, desapareçam nos próximos 80 anos devido às alterações climáticas. No futuro, receia-se que o número destes animais diminua.