A federação Birdlife International e a organização Audubon, sua parceira nos Estados Unidos, já reagiram ao anúncio feito esta noite por Donald Trump, dizendo estar “profundamente decepcionadas” com a decisão do Presidente de sair do Acordo de Paris.
Em comunicado conjunto, as duas organizações consideram que esta decisão é “ingénua”, “isolacionista” e “imoral”. “O Acordo de Paris é crucial para o futuro do nosso planeta. Dá-nos uma estrutura forte para tomar medidas ambiciosas para mitigar as alterações climáticas e para ajudar pessoas e ecossistemas por todo o mundo a adaptarem-se aos seus impactos.”
Ambas acreditam que o Acordo de Paris “é demasiado robusto para ser quebrado por uma nação” e que a saída de Trump “não vai deter a luta contra as alterações climáticas”.
“As aves são mensageiros poderosos que nos mostram como o nosso clima está a mudar”, disse Patricia Zurita, directora da BirdLife International. “Um quarto das espécies estudadas em detalhe já mostram respostas negativas às recentes alterações climáticas e 2.300 espécies de aves no mundo estão muito vulneráveis a mais alterações.”
David Yarnold, presidente da Audubon, lamenta que Trump tenha levado os Estados Unidos a “abdicar da sua liderança na luta contra a maior ameaça às pessoas e às aves”. “Os nossos filhos e netos são os grandes perdedores nesta decisão. Assim como as 314 espécies de aves que a Audubon sabe já estarem em risco por causa das alterações climáticas”.
Ao mesmo tempo que condenam a decisão dos Estados Unidos, a Birdlife e a Audubon saúdam o compromisso de outros países, como a União Europeia e a China.
“A BirdLife International vai continuar a trabalhar, sem parar, com os nossos parceiros por todo o mundo para encontrar soluções climáticas para a natureza e para as pessoas… com ou sem Trump.”