Foto: CM Albergaria-a-Velha

Albergaria-a-Velha: Alunos plantam árvores nativas para ajudar na reflorestação

20.02.2025

Ações realizaram-se junto a um afluente do rio Jardim, na freguesia da Branca, cinco meses depois do incêndio devastador de setembro passado.

Alunos e professores de duas escolas de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, ajudaram esta semana a reflorestar uma faixa de proteção junto ao um afluente do rio Jardim, na freguesia da Branca, que tinha ficado afetado pelos incêndios do Verão passado.

“Nesta ação os alunos e professores tiveram a oportunidade mexer na terra com as próprias mãos e plantar diversas espécies florestais, familiarizando-se com os seus nomes, aspeto e principais funções para o ecossistema em geral e para as linhas de água em particular”, descreve uma nota de imprensa do município.

Foto: CM Albergaria-a-Velha

Espécies nativas como abrunheiros, loureiros, carvalhos, pilriteiros e ericas estiveram entre as árvores plantadas por alunos, professores e auxiliares da Escola da Avenida e da Escola Básica do Sobreiro.

No terreno escolhido, já tinham sido feitos trabalhos de “estabilização de taludes” e de “regularização do regime hidrológico” nas semanas anteriores, adianta a autarquia, “permitindo aos mais novos viajarem no tempo ao verem como os seus avós e bisavós utilizavam apenas materiais naturais para conservar a floresta e cuidar do bem essencial que é a água”.

Entre as técnicas tradicionais que foram aplicadas contam-se a colocação de pilhas de madeira e pedra, para servirem de abrigo a animais selvagens, e também a construção de microaçudes feitos dos mesmos materiais, no afluente. Aplicaram-se ainda faxinas vivas, entrançados vivos e enrocamentos vivos – com a utilização de estacas ou ramagens de espécies vegetais e de grandes pedras – para ajudar a estabilizar o solo atingido pelos fogos florestais.

Os incêndios de setembro passado, que mataram quatro pessoas e causaram prejuízos de mais de 30 milhões de euros, atingiram também um total de 8.800 hectares de floresta onde é necessário fazer-se “uma profunda intervenção de conservação e reabilitação”, indicou na altura esta autarquia aveirense.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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