Ações realizaram-se junto a um afluente do rio Jardim, na freguesia da Branca, cinco meses depois do incêndio devastador de setembro passado.
Alunos e professores de duas escolas de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, ajudaram esta semana a reflorestar uma faixa de proteção junto ao um afluente do rio Jardim, na freguesia da Branca, que tinha ficado afetado pelos incêndios do Verão passado.
“Nesta ação os alunos e professores tiveram a oportunidade mexer na terra com as próprias mãos e plantar diversas espécies florestais, familiarizando-se com os seus nomes, aspeto e principais funções para o ecossistema em geral e para as linhas de água em particular”, descreve uma nota de imprensa do município.
Espécies nativas como abrunheiros, loureiros, carvalhos, pilriteiros e ericas estiveram entre as árvores plantadas por alunos, professores e auxiliares da Escola da Avenida e da Escola Básica do Sobreiro.
No terreno escolhido, já tinham sido feitos trabalhos de “estabilização de taludes” e de “regularização do regime hidrológico” nas semanas anteriores, adianta a autarquia, “permitindo aos mais novos viajarem no tempo ao verem como os seus avós e bisavós utilizavam apenas materiais naturais para conservar a floresta e cuidar do bem essencial que é a água”.
Entre as técnicas tradicionais que foram aplicadas contam-se a colocação de pilhas de madeira e pedra, para servirem de abrigo a animais selvagens, e também a construção de microaçudes feitos dos mesmos materiais, no afluente. Aplicaram-se ainda faxinas vivas, entrançados vivos e enrocamentos vivos – com a utilização de estacas ou ramagens de espécies vegetais e de grandes pedras – para ajudar a estabilizar o solo atingido pelos fogos florestais.
Os incêndios de setembro passado, que mataram quatro pessoas e causaram prejuízos de mais de 30 milhões de euros, atingiram também um total de 8.800 hectares de floresta onde é necessário fazer-se “uma profunda intervenção de conservação e reabilitação”, indicou na altura esta autarquia aveirense.