Um novo protocolo, assinado entre a Secretaria Regional do Mar e das Pescas e a Atlânticoline, quer estudar a megafauna marinha dos Açores a partir de terra e no mar. Está ainda prevista a operacionalização da Rede de Arrojamento de Cetáceos dos Açores.
O protocolo foi celebrado a 10 de Janeiro na cidade da Horta. Este prevê o “estudo da biodiversidade marinha através de observadores embarcados nos navios de transporte de passageiros da Atlânticoline”, entidade responsável pelo transporte marítimo de passageiros, mercadoria e veículos entre ilhas dos Açores, explicou o secretário regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, segundo um comunicado do Governo Regional açoriano.
A região quer estudar a megafauna marinha dos Açores a partir de terra e no mar, para resolver a falta de conhecimento sobre o mar profundo e costeiro que ainda existe.
Manuel São João adiantou que a componente marinha do protocolo abrange, entre outros, “a monitorização das espécies de cetáceos, tartarugas e aves marinhas que habitam as águas do arquipélago, a prevenção do impacto do lixo marinho e o apoio à operacionalização da Rede de Arrojamento de Cetáceos dos Açores”.
Segundo o secretário regional, o protocolo assinado a 10 de Janeiro deve “constituir uma abordagem objetiva, num processo em constante adaptação aos novos desafios que se colocam, na identificação das lacunas a colmatar no futuro e abrindo horizontes a uma cada vez maior e mais alargada participação dos diversos ‘stakeholders’”.
O protocolo celebrado entre a Secretaria Regional do Mar e das Pescas e a Atlânticoline insere-se no âmbito do projeto LIFE-IP Azores Natura, que é o “maior projeto de conservação da natureza alguma vez executado na Região, representando, na sua componente marinha, um investimento de mais de quatro milhões de euros”, salientou Manuel são João.
Segundo o actual Programa de Governo regional dos Açores, “parte fundamental do valor do mar consiste na sua biodiversidade e riqueza natural”. Por isso afirma querer apostar numa “verdadeira política de defesa dos nossos ecossistemas marinhos e costeiros”.