O leitor Rui Costa encontrou esta vespa a 24 de Abril em Ourique e pediu para saber a espécie. Albano Soares responde.
“Não consegui identificar esta vespa. Vista a 24 de Abril em Ourique”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma vespa-mamute (Megascolia bidens).
Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
“É um macho de Megascolia bidens”, explicou Albano Soares. Esta espécie “é bem mais rara do que a Megascolia maculata“.
“Estas vespas são inofensivas para as pessoas e animais domésticos. Não picam mesmo quando manuseadas”, acrescentou ainda Albano Soares.
A vespa-mamute é uma das maiores vespas da Europa. “O corpo é escuro com dois pares de manchas amarelas sem pelos, no abdómen. Os machos têm a cabeça negra e antenas longas; as fêmeas exibem a cabeça amarela, antenas curtas e são maiores do que os machos. As fêmeas possuem ainda grandes mandíbulas destinadas a manipular as presas”, segundo Maria João Verdasca, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).
Estas vespas são solitárias e parasitam larvas de escaravelhos. A fêmea escava o ninho no solo, para o qual transporta uma larva hospedeira, paralisando-a com uma picada do ferrão. De seguida deposita, sobre ela, um ovo. A larva da vespa consome, de início, a hospedeira pelo exterior, mas depois penetra no seu interior.
Ao completar o desenvolvimento larvar, sai e tece um casulo no exterior, dentro do qual sofre a metamorfose e passa o Inverno. O adulto sai na Primavera seguinte, alimentando-se de pólen e néctar de diferentes plantas.
Agora é a sua vez.
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