O leitor Manuel Peixoto encontrou esta vespa no início de Novembro em Pero Negro, Aljezur, e pediu para saber qual é a espécie. Albano Soares responde.
“Todas as noites um grupo de vespas ‘me bate à janela’ enquanto houver luz acesa. O local é: Lugar de Pero Negro (perto de moinho do bispo), Aljezur. Junto fotografias para me ajudarem a identificar a espécie, sff”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se da vespa europeia (Vespa crabro).
Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
É o nosso Vespão (Vespa crabro). Como muitos insetos, também as vespas são atraídas pela luz artificial. No caso desta altura do ano, quando as vespas procuram alimento até mais tarde e os dias são mais curtos, são apanhadas pela luz artificial.
Esta é “a nossa” vespa, uma espécie autóctone. Ou seja, “pertence à nossa fauna. Consequentemente evoluiu no nosso território onde pertence aos ecossistemas, desempenhando um papel importantíssimo no controlo de outras espécie”, explicou Albano Soares.
“É um predador, por isso também preda abelhas domésticas, mas evoluiu no mesmo ecossistema. Assim, as abelhas reconhecem-na como predadora e o impacto é mínimo.”
Segundo Albano Soares, a principal diferença entre a Vespa crabro e a Vespa velutina (conhecida como vespa asiática) “são os segmentos abdominais: quase todos negros na Vespa velutina. Na Vespa crabro só os primeiros são quase inteiramente negros”.
Agora é a sua vez.
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