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Que espécie é esta: vespa-do-papel e vespa-cuco

06.10.2021

A leitora Filipa Araújo fotografou estas vespas em Calvos, Póvoa de Lanhoso, em 2019 e pediu para saber qual a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

Tratam-se de uma vespa-do-papel (Polistes sp.) e de uma vespa-cuco (família Chrysididae).

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

A vespa preta e amarela é do género Polistes. São vespas sociais que fazem os vespeiros com os favos à vista (sem parede externa) na vegetação e, com alguma frequência, em paredes, corrimões, varandas e outras estruturas humanas.

A vespa mais colorida é da família Chrysididae. São parasitas de outros insetos durante a sua fase larvar: as fêmeas colocam os ovos nos ninhos de vespas e abelhas solitárias, maioritariamente. As larvas dos crisidídeos alimentam-se das larvas das vespas e abelhas e depois do alimento guardado no ninho.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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