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Que espécie é esta: vespa da família Ichneumonidae

03.03.2022

O leitor José Liberto fotografou este insecto na Tocha, Gândara, a 8 de Março de 2019 e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Andrade responde.

O insecto foi encontrado do lado de fora de uma das janelas da casa do leitor, bem cedo de manhã.

Trata-se de uma vespa da família Ichneumonidae.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É uma vespa da família Ichneumonidae

Em relação à espécie, penso que só seria possível determiná-la estudando o espécime com uma lupa binocular.

A dificuldade em identificar este grupo de vespas deve-se, em parte, ao número muito elevado de espécies (a família Ichneumonidae inclui mais de 6.500 espécies na Europa) e ao desconhecimento que ainda existe acerca das espécies que existem por cá.

Ao contrário do que acontece com as moscas, que têm antenas geralmente curtas formadas por poucos segmentos, as vespas da família Ichneumonidae caracterizam-se por apresentar antenas muito alongadas formadas por uma grande quantidade de segmentos. Outra forma de separar moscas de vespas é contar o número de asas. As moscas têm apenas um par de asas, enquanto que as vespas apresentam dois pares de asas, embora por vezes possa parecer que têm apenas um par quando as asas estão sobrepostas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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