A leitora Teresa Ribeiro fotografou esta vespa em São Cosme, Gondomar, a 22 de Setembro de 2023 e pediu ajuda na identificação. Albano Soares responde.
“Será possível verificar que espécie de vespa será?! Hoje (22 de Setembro) de manhã em São Cosme Gondomar na varanda do quarto que fica virado para o Multiusos de Gondomar e a cozinha atrás fica virada para sport clube futebol de Gondomar”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma vespa-asiática (Vespa velutina).
Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Esta espécie invasora, que terá chegado a Portugal em 2011, pela região de Viana do Castelo, neste momento “só não é observada no Alentejo e no Algarve”, explica Albano Soares.
Segundo este entomólogo, num artigo publicado anteriormente na Wilder, “apesar de dolorosa, como a de outras espécies, a sua picada [da vespa-asiática] só se torna potencialmente perigosa se a vítima for alérgica e desencadear um choque anafilático com consequências fatais”. “Como no caso das outras vespas, recomenda-se prudência na aproximação de uma colónia destas espécies”, aconselha.
Ainda assim, é necessário ter cuidado para não a confundir com espécies de vespas nativas de Portugal, como a vespa-europeia, importantes para a manutenção da biodiversidade.
De acordo com a investigadora Maria João Verdasca, num artigo já publicado na Wilder, “todos os avistamentos de ninhos ou das próprias vespas devem ser reportados no portal stopvespa.icnf.pt, onde é possível fazer a georreferenciação da ocorrência, ou então ligar para a linha SOS AMBIENTE (808 200 520) e neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita”.
É no Outono que decorre a época de acasalamento desta espécie, com o surgimento dos machos e fêmeas reprodutores. As futuras vespas-rainhas, depois de fecundadas, procuram um local para hibernarem durante o Inverno, dando início a uma nova colónia quando voltam os dias mais amenos, em Fevereiro ou Março. Já as obreiras, os machos e a rainha deste ano acabam por morrer quando chegam os dias mais frios.
Agora é a sua vez.
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