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Que espécie é esta: tritão-marmoreado

16.04.2021

O leitor Sérgio Santos encontrou este anfíbio a 24 de Dezembro de 2019 em Santa Maria da Feira e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Encontrei este animal na garagem da minha casa e não sei se é um sardão ou não. Ele desloca-se lentamente e não fez nenhum barulho até agora, tenho-o dentro de uma caixa e o mesmo fica sossegado enrolado num canto, parece que está a hibernar. Não sei a alimentação dele, tenho deixado bocados de fruta mas parece que não come nada”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um tritão-marmoreado (Triturus marmoratus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Este é um macho de tritão-marmoreado em fase terrestre. Ou seja, estava a preparar-se para a hibernação quando terá descoberto esta garagem (talvez apetecível para hibernar).

Durante esta fase, a pele destes anfíbios é mais seca, parecida com a dos sapos.

Naturalmente não come nada durante a hibernação. Mas se o fizesse, tem uma dieta à base de invertebrados (insectos, minhocas, caracóis) e não come fruta.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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