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Que espécie é esta: tritão marmoreado

07.05.2020

A leitora Gisela Silva encontrou este animal a 27 de Novembro de 2019 em Ribeira de Frades e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

 

Gisela Silva fez a observação em Moinho do Calhau, Ribeira de Frades (concelho de Coimbra).

 

 

Trata-se de um tritão marmoreado (Triturus marmoratus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A foto mostra um macho de tritão marmoreado (Triturus marmoratus).

Os tritões têm “duas vidas” – parte do ano em terra e parte do ano na água.

A pele dos animais nestas duas “fases” (assim se chamam as “vidas”) é diferente. E este tritão está com uma pele de fase terrestre (mais seca).

Quando estão na fase aquática, os machos desta espécie desenvolvem uma crista dorsal, crista essa que regride na fase terreste e que se vê ao longo do dorso deste animal.

Na zona de Coimbra esta espécie reproduz-se na Primavera e Verão (fase aquática) e depois volta para terra, onde passa o Outono e Inverno. Terá sido nessa altura que foi apanhado.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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