O leitor João Cristóvão pediu ajuda na identificação desta árvore que fotografou no Crato a 18 de Abril de 2020. Rui Rebelo responde.
Trata-se de um sapo-corredor (Epidalea calamita, mas já teve o nome Bufo calamita).
Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O sapo é um macho adulto de sapo corredor.
A principal característica deste sapo é correr! (daí o nome). É uma espécie relativamente abundante em zonas arenosas ou de solos soltos, como quase todos os terrenos aluviais da bacia do Tejo.
Outra característica impressionante são os olhos verdes.
As fêmeas costumam ter um padrão dorsal mais contrastante do que os machos.
Esta espécie tem girinos muito pequenos e “aposta” em produzir um número enorme de ovos (até 4.000), que se desenvolvem depressa. Os girinos metamorfoseiam-se em 2 meses (ou ainda menos), passando para terra como sapinhos muito pequenos (menos de 1 cm de comprimento).
O que acontece a seguir com estes sapinhos (que podem ser confundidos com aranhas ou pequenos insectos) até chegarem a adultos é totalmente desconhecido. Nomeadamente se são, ou não, sensíveis a poluentes.
É uma espécie nativa e presente em praticamente todo o território continental.
Em Portugal esta espécie não está ameaçada, mas no norte da Europa está e até há programas de conservação específicos para ela em Inglaterra.
Agora é a sua vez.
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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.