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Que espécie é esta: peixe-pau-lira

27.10.2020

A leitora Clara Afonso fotografou esta espécie a 23 de Agosto na praia rochosa de Moledo, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

“Temos avistado esta espécie de peixe nos fundos arenosos das poças de maré da praia de Moledo e gostaríamos de saber do que se trata”, escreveu Clara Afonso à Wilder.

“Não conseguimos identificar com recurso às imagens das espécies mais comuns nesta zona.”

Tratar-se-á de um peixe-pau-lira (Callionymus lyra).

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, biólogo e investigador associado do Instituto Português de Malacologia (IPM).

O peixe-pau-lira, que pertence à família Callionymidae, pode ter até 30 centímetros de comprimento e alimenta-se de vermes e de crustáceos, segundo o OMARE.

Vive a profundidades entre os cinco e os 400 metros, sobre areia e rocha.

Tem estatuto de conservação Pouco Preocupante, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A outra espécie que se vê na fotografia, por baixo, é uma agulhinha (Nerophis lumbriciformis).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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