O leitor Luís A. Ribeiro observou esta medusa na praia do Labrego, Vagos, Aveiro, a 23 de Julho e pediu ajuda para identificar a espécie. A equipa do GelAvista responde.
“Será uma medusa do Tejo? Encontrei-a na praia do Labrego, Vagos, Aveiro no dia 23 de Julho pelas 10h”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma medusa-do-tejo (Catostylus tagi).Espécie identificada e texto por: Equipa do GelAVista, do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O vosso leitor tem razão. Trata-se da medusa-do-tejo.
Esta espécie ocorre na ria de Aveiro e os animais adultos saem da ria e podem ocorrer nas praias vizinhas nesta época do ano.
É uma espécie pouco urticante, pelo que bastará assinalar o local onde se encontra, de modo a que fique visível para alguém mais distraído.
Como o seu nome indica, esta medusa tem origem no rio Tejo, onde foi descrita pela primeira vez e é facilmente avistada. Pode também ser encontrada no Sado, Algarve, estuário do rio Guadiana, Ria de Aveiro e um pouco por toda a costa.
Trata-se de uma espécie de grandes dimensões, que se distingue pelos oito braços orais espessos em forma de cachos de uva, onde se localizam as células urticantes, e pelas gónadas (órgãos sexuais) em cruz, visíveis através da sua campânula.
Avistada em tons acastanhados ou brancos e, por vezes, até azulados ou rosados, a medusa-do-tejo acaba, muitas vezes, arrojada nas praias, dada a sua incapacidade de contrariar a força das correntes e marés. O estado de degradação dependerá de há quanto tempo foi arrojada.
A espécie tem sido estudada para fins biomédicos, devido ao elevado conteúdo em colagénio.
Embora o seu poder urticante seja considerado fraco, aconselha-se precaução. Se for picado, recomenda-se lavar, sem esfregar, a zona afetada com água do mar, remover com uma pinça possíveis vestígios na pele do organismo e aplicar gelo durante 15 minutos.
Agora é a sua vez.
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