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Maçarico-galego. Foto: Pierre Dalous/Wiki Commons

Que espécie é esta: maçarico-galego

22.10.2018

O leitor António Carlos Borges fotografou esta ave que encontrou a 15 de Maio em Lisboa, e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

“Vi este pássaro à beira Tejo, no dia 15/5/2018, cerca das 18h00, na zona da Junqueira antes da antiga FIL. Estranhei especialmente o formato do bico, pois o que mais se vê por ali são gaivotas”, escreveu à Wilder.

Foto: António Carlos Borges

 

A espécie que observou é um maçarico-galego (Numenius phaeopus), espécie classificada como Vulnerável pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A espécie que encontrou é uma das maiores limícolas da nossa avifauna. Tem uma cor acastanhada e o bico é comprido e recurvado para baixo.

É mais frequentemente observado entre os lodos ou nos rochedos, à procura de alimento.

O maçarico-galego é principalmente um migrador de passagem, que pode ser visto ao longo de todo o
litoral durante os meses de Abril e Maio e novamente em Setembro e Outubro.

Segundo o portal Aves de Portugal, existe uma pequena população invernante, que se distribui de forma esparsa pelas zonas costeiras do sul do país.

É muito raro no interior do território.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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