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Que espécie é esta: enguia-europeia

15.10.2021

A leitora Teresa Petrini observou este espécime a 9 de Outubro num poço em Arruda dos Vinhos e pediu ajuda para identificar a espécie. Filipe Ribeiro responde.

“Dentro de um poço em Arruda dos Vinhos, a 9 de Outubro de 2021, encontrei este espécime a nadar tranquilamente. O poço encontra-se tapado e estava abandonado. Desconheço como sobrevive num espaço que me parece fechado, ainda que neste poço tenha observado uma saliência que pode ser uma ligação a algum curso de água subterrâneo. É possível identificar que espécie é esta?”, escreveu a leitora à Wilder.

 

Tratar-se-á de uma enguia-europeia (Anguilla anguilla).

Espécie identificada por: Filipe Ribeiro (SIBIC-MARE – Projeto LIFE INVASAQUA).

“Este peixe parece ser uma enguia-europeia. É costume as pessoas colocarem peixes nos poços”, explicou o investigador.

Em Portugal Continental, a enguia-europeia ocorre em todas as bacias hidrográficas desde o rio Minho até ao rio Guadiana.

“Tem o corpo alongado, serpentiforme” e “barbatanas peitorais bem desenvolvidas”, segundo o MARE.

Ocorre em todos os tipos de ecossistemas aquáticos (dulçaquícolas, salobros ou marinhos).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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