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Que espécie é esta: caranguejo-peludo

30.03.2022

A leitora Susana Martinho pediu a identificação de um caranguejo que observou nos Açores em Agosto de 2021. João Encarnação responde.

Trata-se do caranguejo-peludo (Eriphia verrucosa).

Espécie identificada por: João Encarnação, investigador do CCMAR – Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.

“Essa espécie é, com bastante certeza, a Eriphia verrucosa“, respondeu João Encarnação.

O caranguejo-peludo é uma espécie da família Eriphiidae. Vive a baixas profundidades e em fundos rochosos com algas no Oceano Atlântico oriental, no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro.

Tem uma “carapaça espessa e lisa, variando em cor de vermelho acastanhado a verde acastanhado, com manchas amarelas”, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.

“As pinças são fortes e uma pinça é geralmente maior que a outra e está armada com tubérculos arredondados, enquanto a pinça menor apresenta projecções mais nítidas, dispostas em linhas. Pode atingir um comprimento de 7 cm.”

“Alimenta-se de invertebrados, entre os quais moluscos, poliquetas e bivalves e a sua época de reprodução tem inicio em Maio ou Junho.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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