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Que espécie é esta: búzio-porcelana

24.09.2021

O leitor José Torres observou este animal a 8 de Setembro na Ria Formosa e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

“Estas férias na Ria Formosa encontrei na maré baixa este búzio (vivo) que nunca tinha visto em 35 anos que passo férias no local. Parece-me estranho e demasiado diferente da fauna que estou habituado  a ver. Veio-me à ideia que poderia ser exótico. Será?”, escreveu o leitor à Wilder. 

Trata-se de um búzio-porcelana (Zonaria pyrum).

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, biólogo e professor da Universidade Lusófona.

“Pertence ao grupo das cipreias e é muito conhecido e apreciado entre os colecionadores”, explicou o investigador.

As cipreias são uma família de gastrópodes marinhos da qual faz parte este búzio-porcelana. Estes animais têm as conchas arredondadas, extremamente lisas e brilhantes.

Não têm muitos predadores, mas ainda assim são uma iguaria para alguns crustáceos e polvos.

Esta é uma espécie presente no território português.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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