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Saiba com poderá celebrar o Dia Mundial dos Pinguins no Oceanário de Lisboa

17.04.2019

No Dia Mundial dos Pinguins, a 25 de Abril, os especialistas do Oceanário de Lisboa vão contar-lhe tudo sobre os 30 pinguins que ali vivem e explicar como pode ajudar os pinguins que vivem na natureza.

 

No dia 25 de Abril, os educadores marinhos do Oceanário vão estar no habitat do Antártico para lhe dar a conhecer os pinguins através de diversas atividades. O objectivo é “promover o conhecimento e sensibilizar para a conservação destas aves marinhas”, explicou hoje em comunicado a instituição.

Além disso, poderá ficar a saber como pode contribuir para a conservação destas aves marinhas.

Actualmente, o Oceanário de Lisboa tem uma colónia de pinguins com cerca de 30 indivíduos, de duas espécies diferentes, o pinguim-de-magalhães e o pinguim-saltador-da-rocha, segundo um comunicado da instituição. A maioria dos pinguins já nasceu no Oceanário.

 

 

O pinguim-de-magalhães tem o estatuto conservação de Quase ameaçado e o pinguim-saltador-da-rocha de Vulnerável, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Os pinguins são aves marinhas que habitam, maioritariamente, nas regiões a sul do Equador, podendo habitar em zonas ligeiramente mais a norte.

São animais que formam colónias de centenas e, até, de milhares de indivíduos.

Têm uma camada de gordura isolante que os protege contra o frio extremo do Inverno e funciona como reserva de energia principal para a época reprodutiva, altura em que os adultos jejuam e chegam a perder 40% do seu peso.

O pinguim-de-magalhães vive no mar, na zona costeira, onde acompanha a migração do seu alimento de eleição: a anchova. Na época de reprodução, de Setembro a Abril, dirige-se a terra para nidificar. Quando forma um casal, mantido para a vida, põe dois ovos que, ao contrário de outros pinguins, são ambos incubados pelos progenitores. Faz ninhos em buracos forrados com penas e paus, que protegem os pintos do vento e chuva fria.

Todos os anos, em Outubro, o pinguim-saltador-da-rocha regressa às encostas inclinadas, onde nidifica. Aqui o acesso, pela forte rebentação, é difícil e exige habilidade para saltar para as rochas, daí o seu nome. Cada par põe dois ovos, com alguns dias de intervalo, sendo o primeiro mais pequeno. Quando eclode, a cria fica ao cuidado do macho, enquanto a fêmea se lança ao mar em busca de alimento. Ao fim de dois meses e meio, as crias estão prontas para se aventurar no mar com os adultos.

Actualmente existem 18 espécies de pinguins no planeta. Mas, segundo a Birdlife International, mais de metade estão ameaçadas de extinção, como o pinguim-africano (presente na extremidade sul da África do Sul) e o pinguim-de-olho-amarelo (Nova Zelândia).

Entre as 18 espécies de pinguins em todo o mundo, 10 estão hoje Vulneráveis ou Em Perigo de extinção, de acordo com a UICN, o que os coloca como o segundo grupo de aves marinhas mais ameaçado do mundo, a seguir aos albatrozes.

Nos locais de nidificação, em terra, são perseguidos por espécies introduzidas pelos humanos, enfrentam doenças e a degradação dos seus habitats. No mar, os maiores problemas são a poluição petrolífera e as pescas. Por causa destas últimas, têm menos alimento disponível e são capturados acidentalmente nas redes e noutros equipamentos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Pode participar no movimento pelo Dia Mundial dos Pinguins no Twitter, usando a hashtag 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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