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João Nunes da Silva: o melhor do Inverno

05.02.2020

Este Inverno encorajamo-lo a sair para a natureza e apreciar o melhor das paisagens e das espécies que pode encontrar. Aqui ficam duas sugestões do fotógrafo de vida selvagem João Nunes da Silva.

 

João Nunes da Silva vive em Matosinhos e é fotógrafo profissional de natureza há quase 30 anos. Mais do que uma profissão é um estado de espírito, diz. Fotografa e escreve.

Desafiado pela Wilder, escolheu duas das suas fotografias que, para si, representam o melhor do Inverno em Portugal.

 

Paisagem Serra da Estrela

 

 

Quando penso nos melhores lugares para passar o Inverno em Portugal o primeiro lugar que me ocorre é a Serra da Estrela. Montanha, neve, magníficas paisagens, frio, gelo, passeios e tranquilidade. Tudo aquilo que se pode exigir para vir com a alma cheia de imagens de cortar a respiração e fazer grandes fotografias de Inverno. Para mim, a Serra da Estrela é sem dúvida um dos melhores spots para conhecer o verdadeiro Inverno em Portugal. Esta fotografia foi feita na zona das Salgadeiras após alguns nevões na serra ao final do dia.

 

Aves limícolas

 

 

Talvez por coincidir com a minha paixão por zonas húmidas e aves limícolas, o Inverno para mim é sinal dos melhores momentos fotográficos de aves na Ria de Aveiro. Logo após os primeiros sinais de Outono, a Ria de Aveiro enche-se de vida (assim como outras zonas húmidas), mas com a entrada do Inverno a ria está ao rubro. Milhares de aves limícolas percorrem os céus da ria num piar estridente e em qualquer zona a enorme biodiversidade é notória. Esta fotografia, feita no passado mês de Dezembro, capta um enorme bando de centenas de aves limícolas na Torreira.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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