O Festival de Sagres vai estender-se por um total de seis dias, este ano, aproveitando o regresso do feriado do 5 de Outubro, anunciou a organização deste evento que marca o período das migrações das aves.
Assim, o próximo Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza em Sagres, que este ano vai ter a sétima edição, realiza-se entre os dias 30 de Setembro, sexta-feira, e quarta, dia 5 de Outubro.
As inscrições vão abrir em Julho, um mês antes do que tem sido normal, para as muitas actividades que ocupam o recinto do festival durante estes dias.
Nesta edição, a “estrela” vai ser o britango, também conhecido por abutre-do-egipto, e que eleito pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) como a ave do ano de 2016.
O britango “é uma das aves planadoras que passa por Sagres todos os anos durante Setembro e princípio de Outubro, sobretudo imaturos e juvenis”, lembram os organizadores do festival, em comunicado.
Em 2015, ao longo de quatro dias, observaram-se 150 espécies de aves diferentes, um recorde em relação a edições anteriores.
Entre as que causaram “mais êxtase”, como enumerou nessa altura a SPEA, estavam a pardela-de-barrete, pardela-balear, painho-de-wilson, gaivota-de-sabine, o bufo-real e ainda “um elevado número de sombrias”, esta última que tem registado “um forte decréscimo das suas populações”.
Foram ainda observadas uma grande variedade de rapinas como a águia-de-bonelli e a águia-calçada.
Nessa última edição, que contou com mais de 1000 participantes provenientes de 20 países, foram observados também um grande número de cetáceos. Golfinho-comum, golfinho-roaz, baleia-anã, boto, tubarão-martelo, tubarão-azul, peixe-lua, peixe-voador e tartaruga-de-couro foram algumas espécies avistadas.
O Festival de Sagres, considerado o maior evento de observação de aves realizado em Portugal, é organizado pela SPEA, pela Câmara Municipal de Vila do Bispo e pela Associação Almargem.
[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.
Espreite aqui as muitas espécies de aves que pode encontrar em Sagres durante o mês de Outubro, num artigo do correspondente da Wilder, Nuno Barros.