Sílvia Daniel, 31 anos e natural de Espanha, é tratadora no CNRLI desde Novembro de 2015.
Sílvia sempre teve muito interesse pela conservação da natureza e trabalhar com animais é algo que gosta mesmo muito. É por isso que, durante seis meses, foi voluntária no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico. “Foi assim que conheci o CNRLI. E fiquei maravilhada com o trabalho que se fazia aqui. No ano passado, finalmente, tive a grande oportunidade de começar a trabalhar” com este felino.
O lince-ibérico nunca foi uma espécie indiferente para Sílvia. “Sempre o vi como um ícone da fauna ibérica, um ser enigmático com um papel importantíssimo no nosso ecossistema. Infelizmente, também representava um exemplo de um animal no limiar da extinção, pouco compreendido pelas pessoas em geral.”
Os animais que vivem nos cercados de Silves, “animais giríssimos”, diz a tratadora, acabam por surpreender quase todos os dias por causa dos seus comportamentos. “Cada indivíduo tem uma personalidade diferente. Alguns são muito curiosos, outros são mais reservados. Mas todos têm uma grande capacidade de aprendizagem.”
E qual a melhor parte deste trabalho? Sílvia não tem dúvidas. “A melhor parte é libertar um lince. Cada libertação é a recompensa do trabalho realizado. E sinto-me muito orgulhosa por fazer parte de um programa que está a trabalhar arduamente para recuperar as populações do lince-ibérico na Península Ibérica.” Além disso, “é muito gratificante poder conhecer cada lince-ibérico e que cada animal me conheça, estabelecendo uma relação de confiança mútua”.
“A parte mais difícil é quando recebemos más noticias dos linces em campo.”
[divider type=”thick”]Série Como nasce um lince-ibérico
Uma equipa da Wilder esteve dois dias no CNRLI em Março do ano passado e assistiu ao último parto da temporada, ao lado de veterinários, tratadores, video-vigilantes e voluntários. Nesta série contamos-lhe como é o trabalho naquele centro e apresentamos-lhe as pessoas por detrás da reprodução em cativeiro desta espécie.