Joana Amil Peixoto, 29 anos e natural de Lisboa, é veterinária no CNRLI desde Dezembro de 2015.
Desde sempre Joana quis ser veterinária para trabalhar com felinos selvagens. “Foi sempre o meu sonho.” Depois do curso de Medicina Veterinária, o primeiro emprego foi numa clínica de pequenos animais. “Passado pouco mais de um ano surgiu a oportunidade. Vi o anúncio do CNRLI, candidatei-me (sempre a achar que ia ser impossível) e o sonho realizou-se!”
Joana chegou ao centro de reprodução do lince-ibérico sabendo que “este era o felino mais ameaçado do mundo e que se estava a fazer o possível e o impossível para o recuperar.”
Desde então, o lince-ibérico tornou-se no seu trabalho. “É um felino incrível, tanto em beleza como em personalidade.” À medida que o tempo passa “vamos conhecendo melhor cada indivíduo, os seus hábitos e as suas rotinas. Mas mesmo assim eles não param de nos surpreender”.
Para Joana, a melhor parte de trabalhar no centro é “poder estar envolvida neste projecto, que sempre me encantou. É muito gratificante poder acompanhar o desenvolvimento das crias, que culmina em libertação na natureza.” Além disso, “é muito interessante ter a possibilidade de fazer a diferença na qualidade de vida dos reprodutores que vivem no CNRLI. A qualidade do nosso trabalho reflecte-se na qualidade de vida destes animais.”
O mais difícil é a grande exigência a nível de disponibilidade de tempo. “Tem que estar sempre um veterinário por perto, o que acaba por limitar bastante o que podemos fazer com o nosso tempo livre. Mas faço-o de coração. Estou aqui por eles.”
[divider type=”thick”]Série Como nasce um lince-ibérico
Uma equipa da Wilder esteve dois dias no CNRLI em Março do ano passado e assistiu ao último parto da temporada, ao lado de veterinários, tratadores, video-vigilantes e voluntários. Nesta série contamos-lhe como é o trabalho naquele centro e apresentamos-lhe as pessoas por detrás da reprodução em cativeiro desta espécie.