José Xavier e José Seco vão passar um mês no Oceano Antártico a bordo do navio científico britânico James Clark Ross para saber até que ponto a poluição afecta albatrozes, crustáceos, peixes, lulas, pinguins e cetáceos.
Os dois investigadores partem hoje na expedição PELAGIC (Pelagic fauna ecology of the Southern Ocean) que, segundo explicam, “tem como objetivo avaliar a presença de metais pesados no Oceano Antártico”, entre eles o mercúrio.
Até agora a Ciência acredita que naquela região branca do planeta haja pouca poluição. Mas será mesmo assim? Em 2013, um estudo da equipa daqueles dois investigadores descobriu que os albatrozes-gigantes (Diomedea exulans) são os vertebrados com mais mercúrio no mundo.
José Xavier (da Universidade de Coimbra e British Antarctic Survey) e José Seco (Universidade de Aveiro, Universidade de St. Andrews e colaboração direta da Universidade de Coimbra) vão recolher amostras de várias espécies ao longo de toda a cadeia alimentar marinha no Oceano Antártico para saber de onde vem esse mercúrio e que outros metais se encontram nos animais que lá vivem. Como o Mercúrio, Níquel, Chumbo e Zinco.
A expedição, entre Janeiro e Fevereiro, vai decorrer nas Ilhas Orcadas, na Antártida, a bordo do navio James Clark Ross, com o apoio logístico do British Antarctic Survey e do Programa Polar Português PROPOLAR.
[divider type=”thin”]Saiba mais.
Acompanhe a expedição no site do PROPOLAR ou no blog do José Xavier.
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