João Serafim, 41 anos, fotógrafo e naturalista, explica como encontrou gaiteiros-azuis num rio perto de casa junto à serra do Caramulo e como os identificar.
Caros leitores o meu nome é João Serafim sou do Barreiro/Setúbal e fotografo de Natureza e Vida Selvagem, procuro ser um naturalista da fauna e flora.
Já tenho alguns artigos aqui na Wilder e quero agora deixar mais um contributo da vida selvagem a todos os leitores.
Já contemplo um variado portfolio de vida selvagem e hoje trago-vos o Caloptérix-azul ou Gaiteiro-azul como nome científico Calopteryx virgo.
Trata-se de uma libelinha de médio porte que pode atingir os 49 milímetros de comprimento e os 36 milímetros de envergadura.
É um bio-indicador da qualidade da água e do bom estado de conservação da vegetação ripícola.
O macho tem a cabeça e o corpo (tórax + abdómen) azuis, com tons esverdeados e brilho metálico. As asas são largas e tingidas de um azul-violeta escuro.
A fêmea tem a cabeça e o corpo (tórax + abdómen) esverdeados, com brilho metálico. As asas têm uma tonalidade acastanhada e pseudopterostigmas brancos.
As patas são negras em ambos os sexos.
As minhas fotos deste inseto foram capturados na região de Vouzela, na Aldeia Vermilhas junto à Serra do Caramulo que frequento várias vezes durante o ano. Faço vários quilómetros por serra, trilhos e estradões à procura de várias espécies.
Neste caso específico foi a poucos metros da minha casa num rio onde existem vários moinhos de água desativados uma zona linda e com muita história.
Neste rio passam vários Caloptérix-azul ou Gaiteiros-azuis. O sol a bater nas suas asas fazem reluzir o esplendor desta espécie.
Passei várias horas a fotografá-los e, por fim, consegui fazer estas fotografias que quero partilhar com vocês.
Obrigado à Wilder pelo trabalho que tem vido a fazer pela natureza e vida selvagem. Muito obrigado e continuem com o excelente trabalho.
Conheça aqui e aqui outras fotografias de natureza de João Serafim.