Estas tartarugas de água doce são libertadas esta quarta-feira, dia 6, numa zona húmida algarvia conhecida por abrigar outros animais da mesma espécie.
Spoon, Tapio, Tan, Tarzan, Timon, Tércio, Tazo, Txikia e Tiny são os nove cágados-mediterrânicos que agora vão regressar à natureza, todos eles entregues em 2021 e 2022 ao Centro de Reabilitação de Espécimes Aquáticos do Zoomarine, na Guia, em Albufeira, e ali recuperados.
A zona onde vão ser libertados localiza-se cerca de seis quilómetros de Loulé, adianta em comunicado o Zoomarine, que adianta que esta acção vai realizar-se em cooperação com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
A grande maioria destes nove cágados são “muito jovens”, ou seja, trata-se de animais “com uma longa jornada da vida pela frente e, com um elevado potencial de contribuição para o sucesso reprodutivo destas populações algarvias”, acescenta o Zoomarine.
O cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa) é uma das duas espécies nativas de cágados em Portugal, a par do cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis). Estes cágados estão hoje ameaçados de extinção devido a várias ameaças, incluindo a concorrência de espécies invasoras que são mais agressivas, como a tartaruga-da-Flórida.
São animais fáceis de identificar devido às manchas alaranjadas que têm no corpo e por vezes também por causa do líquido fétido que libertam quando se sentem ameaçados. Este líquido deu aliás origem ao seu nome científico, leprosa.
A tradição anual de recuperar e devolver animais à natureza já tem mais de 25 anos, explica ainda o Zoomarine, e “visa apoiar a reabilitação de espécimes aquáticos (focas, golfinhos, tartarugas, cágados e lontras) arrojados ou confiscados entre o rio Mira e o rio Guadiana”.
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